Rez

Merry Meet a todos!!!
Hoje o post é diferentoso vou falar de:
Sinestesia

Os sinestésicos visualizam letras diferentes com cores diferentes em um quadro preto e branco.
Dá-se o nome de sinestesia ao fenômeno de contaminação dos sentidos, ou seja, a confusão neurológica que provoca a percepção de mais de um sentido de uma só vez, essa pode ser visual, olfativa, tátil ou auditiva. Muitas pessoas acreditam que a sinestesia é uma doença, mas não é. É um fenômeno sensorial que ocorre por meio da memória e pelo excesso da criatividade.
A primeira pessoa a falar sobre tal fenômeno foi John Locke em 1690, quando relatou sobre um intelectual cego que refletiu sobre coisas visíveis e percebeu o que era a cor vermelha por meio do som de uma trompa. O primeiro caso registrado na medicina foi em 1922 com uma criança de quase quatro anos.
De forma descontrolada, a sinestesia se manifesta a qualquer momento, por exemplo, ler uma determinada palavra e sentir o gosto de um doce, ou escrever uma letra e relacioná-la com a cor verde... Curiosamente a maioria dos sinestésicos é canhota e tem problemas em distinguir lado direito com lado esquerdo.
A sinestesia pode ser diagnosticada por meio do Teste da Genuidade, TG, que avalia periodicamente a relação entre os estímulos recebidos e a reação para tais. O teste é feito com um grande quadro branco e preto com vários números iguais e espalhados, porém coloca-se poucos números diferentes sobre o mesmo. Tais números diferentes são facilmente percebidos pelos sinestésicos, pois os mesmos detectam esses por meio da diferença entre a coloração. Cada número possui sua coloração específica podendo ser identificado rapidamente.

Por que eu estou falando de sinestesia???
Porque sem esplicá-la não consigo falar sobre o jogo que faz parte da minha Triforce sagrada:

"Rez"
Originalmente concebido para a Dreamcast sob o nome de Project "K", REZ possui um mundo próprio com personagens anónimas, como a nossa. A história é sucinta e simplesmente composta do essencial para conferir à experiência de jogo um sentido. Um sistema que impõe barreiras ao seu núcleo - representado por uma entidade feminina. A nossa personagem surge do vazio: pura informação capaz de interagir com os demais blocos de informação, evoluir e exprimir novas capacidades. Contudo é no jogar que a experiência reside, um misto de música e formas, cores e vibrações que compõe a mais complexa e emocionante sinestesia alguma vez percepcionada num jogo de vídeo game.
Áudio e vídeo tomam o lugar da narrativa, assumem um protagonismo reforçado pelas artes aqui recriadas: cada cenário é composto de formas arquitectónicas elaboradas que remetem a alguns dos estilos mais canónicos desde o antigo Egipto à Mesopotâmia, passando pela China e Índia. A sua recriação é feita mediante linhas, formas geométricas, manchas de cor e luzes, são uma sentida e assumida inspiração nas regras geométricas de Kandinsky. Reconhecem-se as suas linhas, ora rectas ora sinuosas, assim como o cuidado posicionamento dos volumes e texturas em harmonia recíproca.
Para quem não conhece Kandinsky essa é uma das artes que mais gosto vinda dele:


Composition VIII - 1923

E claro existem muitas outras fantásticas vinda dele, mas voltando ao Rez claro,rs.
A trama do game é ponto fundamental para que tudo seja bem definido:

"Um enorme crescimento na população humana.
Uma rede de computadores tão grande que nada pode controlá-la.
Um sistema sobrecarregado de crimes digitais no ápice da corrupção.
Com a introdução de um novo processador central chamado "Project-K", e o nascimento de "Eden", o sistema finalmente parece se mover a frente de se tornar completo.
Mas durante o processo de transferência do quase infinito dentro da rede, Eden começa a duvidar de sua própria existência e propósito e finalmente se entregando a um sono sem fim por conta dos muitos paradoxos da raça humana.
O jogador inicia uma jornada para encontrar "Eden" que se esconde em algum local no mundo cibernético criado pela rede. O mundo cibernético muda sua forma continuamente por ser hackeado muitas e muitas vezes por forças externas.

Você será capaz de destruir todos os firewalls infectados e vírus e acordar "Eden" se seu longo sono?"
Cada edifício é um traço provisório, susceptível de se alterar com o desbloqueamento de mais um sector. Percorremos o espaço virtual rumo a uma inédita lição sobre evolução, humanidade e o nosso próprio planeta. Sentimo-nos parte de um sistema, de um produto informático e ao mesmo tempo um elemento natural: Mizuguchi faz a ponte entre tecnologia e biologia, apontando para um futuro trans-humano e orientado para o Cosmos.
São inegáveis as referências à infância do desenho computorizado, em wireframe, do 3D inicial, e das suas aplicações em formatos multimédia e no cinema - são igualmente identificáveis as alusões a TRON e à sua pioneira representação visual do interior de um sistema informático. REZ é também uma homenagem aos primórdios dos videojogos: clássicos intemporais como TEMPEST, de David Theurer, STAR WARS, a versão arcade de 1983 lançada pela Atari, o próprio BATTLEZONE ou mesmo SPACE HARRIER demonstram ter sido uma grande inspiração para os seus visuais manifestamente retro. No que concerne à jogabilidade, PANZER DRAGOON é consensualmente o jogo mais aproximado e de onde o título da U.G.A. extrai o sistema de navegação com uma mira, o lock-on limitado a um número de objectos ou mesmo o ataque automático Overdrive - ataque Berserk no título da Team Andromeda.
O ritmo das músicas é imparável e evolui à medida que desbravamos o caminho por entre os diversos sectores do sistema que percorremos num bailado techno de interacções entre a nossa personagem e os demais objectos - também eles em sincronia com o tempo musical na forma como surgem e desaparecem do nosso campo de visão.
A temática por detrás da obra de Mizuguchi é difícil de descortinar. O jogo possui uma linguagem muito própria, quase não contendo texto ou cenas intermédias para explicar/contextualizar os acontecimentos. Contudo, é precisamente nesta mudez que se estabelecem as armações que o suportam, com temáticas elaboradas e provocatórias, cripticamente expostas sobretudo na quinta, e final, fase do jogo. Neste nível acompanharemos a evolução da vida na Terra, ainda que de forma convenientemente abreviada, desde as espécies mais tímidas que ocupavam as profundezas dos nossos oceanos, até ao ser humano e a sua arte, história e ciência. É uma convicta ode à tecnologia. Não uma visão da tecnologia como ameaça ao Homem, ou como um instrumento do caos e da desordem: a tecnologia é aqui visionada como o canal para que o homem se conheça a si mesmo, o caminho entre o Homem, desconhecedor da sua origem, e a sua criação, a eternidade. De encontro às suas raízes. Conceito que se torna paradoxal considerando que a tecnologia é uma criação da Humanidade.
À descoberta do Homem, à descoberta do nosso mundo e do nosso futuro. É essa a experiência de REZ, um dos mais flagrantes exemplos de arte nos videojogos e cuja recepção no mercado traça um detalhado, porém amargo, perfil da generalidade dos seus consumidores.

Fotos Area 1 - Earth (Baseado no Egito)
















Fotos Area 2 - Mars (Baseada na Cultura Indiana)















Fotos Área 3 - Venus (Baseada na Cultura da Antiga Messopotâmia)















Fotos Área  4 - Uranus (Baseado na Cultura Chinesa)















Bem a fase 5 não tem fotos, ahsuahsuhshuas, mas é baseada na criação e evolução da humanidade e é a fase mais linda do jogo pois ela reveza entre visual wireframe para visual texturizado criando uma mecânica única de visual e som!!!
Claro que não posso me esquecer de citar os mágicos por trás das músicas do game:
-Coldcut
-Joujouka
-Adam Freeland
-Tsuyoshi
-Keiichi Sugiyama

Vídeos, vídeos, vídeos!!!






Bem é isso, esse game é FODA!!!
Merry Meet e Merry Part e Merry Meet novamente!!!
Blessed Be!!!

PS: Cadú amigão valeu pela força que vc tem me dado kra!!!! Abração!!!!





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